CAMPANHA DOS PULHAS
Já não agüento dissimulados
Arranjos do marketing orquestrado
Bolinha de papel na careca manjada
Registrada e difusa ironia
Na manchete da tomografia
Moralistas sexistas engajadas
Com ares de arautos da classe média
Enquanto a policia mata negro na salinha
Fazem da terrorista a nossa tragédia
Travestindo o terror real de cada esquina
Enquanto Intelectuais tricotam na rede
Salmos da irmã ambientalista
Nos seringais de seus notebooks
Fazem Download de ativista
Da mascara de látex via Bluetooth
Fora os bastidores que ninguém vê
Lacaios peçonhentos conspiradores
Formando a legião dos comem quietos
Nauseantes articulações nos comitês
Só a alma limpa faz o homem certo
Engajado Foto Shop, faz o ordinário
Transforma em elegidos o que era inseto
De braços dados com a estatística
Ao lado do presidente lendário
Expõe seu atrevimento indiscreto
Refratários da realidade comprometida
Colocam no molde candidatas de resinas
Ou Argilas pervertidas modeladas ao set
Fantasiada de mulher, negra, e origens oprimidas
Cada partido tem tiririca que merece
Marionetes de intenções oportunistas
Mais descartáveis que garrafas pets
Pergunta-se: - porque das causas defendidas?
Espalha a fuligem do silencio ignorante
Analfabeta política a moda Brecht
Pivôs da demagogia Inoperante
Sob tutela de coordenadores esquerdistas
Mesmas mazelas de cinco centúrias
Cujo hálito podre sua conduta explica
Sufrágios errados que causa lamuria
Insolência impingida como fosse favor
Com sua campanha na rede logra
Menor custo pelo preço do odor.
Um povo que tudo esquece
De cidadãos a votos de manobra
“quem omite se associa” nossa síndrome
Em nome dos politicamente corretos
Assinamos a derrocada da boa índole
Através de sádicos algozes do dia a dia
Olhares sensatos tornam perplexos
Vemos a nação que assim padece
Essa Massa ignorante, não cobra
Cuja Vida que esse câncer tolha
Mais uma esperança que apodrece
Tornam Cúmplice da horda dos pulhas.
SÉRGIO CUMINO